O Espaço de Proteção à Criança e ao Adolescente tem recebido cerca de 120 crianças por dia
Enquanto os pais trabalham catando materiais recicláveis, vendendo bebidas ou lanches, os filhos tem um espaço especial para brincar e descansar durante o Carnaval em Olinda. Localizado na Praça do Carmo, o “Espaço de Proteção à Criança e ao Adolescente”, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos, acolhe crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social durante todos os dias de folia, das 10h às 22h, desde o sábado (25) até a terça-feira (28).
Além de almoço, lanche e jantar, o local oferece para os pequenos atividades como oficina de dança e de percussão, brinquedos, pintura, sala de vídeo e descanso. Tem também atrações infantis que passam por lá, como Patati e Patatá, Palhaço Chocolate e Banda dos Super Heróis para fazer a festa dos pequenos. De acordo com a organização, nestes primeiros dias de carnaval o serviço tem recebido cerca de 120 crianças por dia. Os que tem idade entre 4 e 15 anos ficam na estrutura montada no Carmo, já os de colo são levados para a Casa de Passagem, que fica em Bairro Novo, para receber atenção especial.
Enquanto dezenas de crianças dançam e brincam em volta e no palco montado para as oficinas de música, o secretário de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos, Wolney Queiroz, conta que os pequenos aprovam o serviço. “Nossos educadores sociais vão às ruas fazer um trabalho de sensibilização com as famílias e orientar para que os filhos sejam deixados no espaço destinado pela prefeitura. As crianças gostam muito, tem alguns que vem pra cá e não querem mais nem sair”, conta.
A pequena Stefany, de 11 anos, foi pela primeira vez ao polo, junto com o irmão mais novo, enquanto o pai “negocia nas ladeiras”, como ela mesma diz, e conta o que mais gostou de fazer junto com os educadores. “O mais legal que eu fiz aqui foi tocar um instrumento”, contou. A comerciante Eduarda Fernandes, que trabalha no Carnaval de Olinda há três anos e não tinha onde deixar a filha Emily de dois agradeceu pela iniciativa. “Eu deixava ela com a avó, mas este ano a avó está doente, então eu soube desse espaço pela minha cunhada e vim deixar ela aqui para poder trabalhar e achei muito bom”, explica.
Cerca de 40 educadores, divididos em turnos, realizam o serviço de sensibilização pelas ruas e ao todo 130 pessoas trabalham no espaço.