
A abertura do Carnaval de Olinda na próxima quinta-feira (27), no Fortim do Queijo, no Carmo, terá shows de Alceu Valença, Ópera Bajado e Patusco, trazendo ao mesmo tempo irreverência, samba e lirismo para a festa de Momo e dando as boas vindas ao folião.
Ópera Bajado
A Ópera Bajado é um projeto que foi fomentado há dez anos, pelo maestro e saxofonista olindense Ivan do Espírito Santo, baseado na obra do artista plástico Bajado.
Para elaborar o projeto e as 18 músicas que compõem a Ópera, Ivan observou 29 quadros de Bajado, expostos no salão nobre da Prefeitura de Olinda. São violinos, violas, violoncelos, piano, flautim, flauta, saxofones, trompetes, trombones, tuba, percussões e bateria, executados por trinta músicos egressos da Orquestra Sinfônica do Recife e da orquestra do Grêmio Musical Henrique Dias, de Olinda.
Euclides Francisco Amâncio, o Bajado, foi um artista plástico que veio da Mata Sul de Pernambuco, mas que ganhou notoriedade pintando o Carnaval e o cotidiano do povo de Olinda.
Faleceu em 1996, aos 84 anos, sem nunca deixar de se retratar como “um artista de Olinda”. O maestro Ivan considera Bajado como o principal cronista da vida olindense.

Alceu Valença
Nasceu no interior de Pernambuco, nos limites do Sertão com o Agreste. É considerado um artista que atingiu maior equilíbrio estético entre as bases musicais nordestinas com o universo dos sons elétricos da música pop.
Influenciado pelos negros maracatus, cocos e repentes de viola, Alceu conseguiu utilizar a guitarra – influenciado pelo Rock and Roll de Elvis Presley -, assim como o baixo elétrico e, mais tarde, o sintetizador eletrônico nas suas canções.
Em 1969, recém formado em Direito no Recife, desiste das carreiras de advogado e jornalista e resolve investir na música. Em 1971, vai para o Rio de Janeiro com o amigo e incentivador Geraldo Azevedo. Começa a participar de festivais universitários, como o da TV Tupi com a faixa Planetário. Em 1980, lança o LP Coração Bobo (Ariola), cuja música de mesmo nome faz sucesso nas rádios de todo o país, revelando o nome de Alceu Valença para o grande público. Apresenta-se em vários estados brasileiros.
Hoje é referência artística nacional.

Patusco
No carnaval de 1972, a Empresa de Turismo do Estado (Empetur) resolveu organizar um grande concurso de fantasias. Na época, os seguidores e membros dessa grande festa, que queriam estar com aquela família, resolveram se fantasiar de Pato. O que não contavam era com a necessidade de o grupo, que se candidatou ao concurso, ter um nome. Eis que surge o Patusco.
Desde então Patusco virou sinônimo de Carnaval, de festa e de farra. Depois, com o tempo, a família Vasconcelos Guimarães foi crescendo e tomando forma, virou a própria família Patusco que todos os anos arrasta milhares de pessoas pelas ladeiras de Olinda.
O Patusco nasceu do carnaval, nas ladeiras de Olinda, uma mobilização de saudosos foliões que há 49 anos faz festa, levando alegria para as multidões.