Comemorado há 104 anos, o Dia do Frevo tem significado especial para a grande maioria dos olindenses. É como comemorar o aniversário de um ente querido. Esse ritmo, que atrai pessoas de todos os lugares, culturas e classes sociais para as ladeiras da Marim dos Caetés, tem origem nas classes trabalhadoras do final do século XIX e foi considerado símbolo de resistência aos chamados “clubes de alegoria e críticas”, que abrigavam as oligarquias locais e pretendiam mostrar um Carnaval “bonito, inteligente e culto”, onde não havia espaço para os menos favorecidos.
A palavra frevo foi grafada pela primeira vez no dia 09 de fevereiro de 1907, num sábado de Zé Pereira, pelo “Jornal Pequeno”, que circulava no Recife. Daí essa data (09 de fevereiro) ter sido escolhida para homenagear o mais pernambucano dos ritmos. O frevo, que é sinônimo de efervescência e alegria, possui características muito singulares, por ser uma música exageradamente acelerada e também pela forma inconfundível como é dançada, com seus passos soltos e acrobáticos.
Apesar de nascido em Recife, o frevo é uma das expressões culturais mais próprias de Olinda, que há mais de cem anos empresta suas ruas e ladeiras para as cerca de 500 agremiações locais e de outros municípios pernambucanos, promovendo um carnaval inesquecível.